Na foto ao lado, eu sou o da esquerda e o Carlos Eugênio, amigo do colégio e do surf é o da direita. Estávamos na praia de Geribá em Buzios/RJ. A prancha que ostento, uma Caneco 7'0" monoquilha, foi a minha primeira prancha de surf. Na foto eu com um ano de surf, 15 anos de idade (1975). Para eu ganhar dos meus pais a minha primeira prancha, tive que implorar! Negociar, argumentar, encher o saco deles. Eu queria muito surfar. Já pegava minha ondas com pranchas de isopor (Planonda e Copacabana) e ensaiava uns tubos e surf de joelho nelas, desde pequeno. Iniciei no esporte com muita vontade, fissurado mesmo. Ia a praia a pé, no frio (sem roupas de borracha) e ficava horas dentro da água. Hoje em dia percebo que as coisas mudaram muito. Existem muitos pais surfistas e muita opção de equipamentos e acessórios no mercado. Os meninos e meninas hoje ganham tudo muito mais fácil. As vezes sem pedir. E nessa gurizada, quantos imploraram para surfar? Quem vai a praia atualmente num dia frio? Quem acorda de madrugada para pegar as ondas cedo? Não somos muitos. Como o surf caiu no colo do adolescente, nem todos dão o valor ou se fissuram de verdade pelo esporte. Claro que ainda tem muito surfista iniciante empolgado. Mas me parece que antigamente o cara que queria surfar queria mesmo, tinha que vencer mais obstáculos. Talvez por isto ainda é possível ver alguns surfistas de mais de 40 anos na ativa. São os sobreviventes das primeiras gerações, os realmente fissurados. Me classifico neste grupo. E você? Continua fissurado pelo esporte? Tem surfado?
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