Nessa semana, o amigo surfista sauro Monmany, mandou um link do waves do Terra, com uma matéria sobre um mar bom que andou quebrando no Pontão do Leblon lá no Rio. Bateu uma certa saudade... Foi lá no Leblon que aprendi a surfar (1974). Quando quebra bom no Pontão, são direitas, geralmente ocas, num fundo raso de areia, proporcionando tubos secos. Um drop difícil! Vacilou, despencou. Por vezes as ondas maiores podem vir não tão secas quebrando atrás do costão e dando um banho na galera que se acumula lá encima na Av Nienmeyer. No sábado passado, foram fotografadas várias ondas perfeitas, quebrando secas, em que alguns surfustas mais conhecidos puderam saborear a buraqueira do Pontão do Leblon. Por muitas vezes no passado, fui agraciado com ondas alucinantes no Pontão. Os melhores tubos que já tirei na minha vida foram lá. Aliás, meu primeiro tubo foi lá também. No meu primeiro dia de surf, ao estrear minha prancha de fibra, o mar estava perfeito! Ondas de 1 metro e meio rodando para os dois lados. Por frustração minha, não consegui entrar no mar... Apanhei no côco do Leblon e fiquei por ali mesmo. Na areia, só no bizu... Anos a fio, surfando praticamente todos os dias, dos 14 aos 19 anos, fui ganhando experiência e me acostumando com aquelas ondas mais secas, que nem sempre abriam perfeitas. Ondas rápidas. Mas quando o balanço vem mais de sudoeste, o swell entra mais de lado no Pontão, a correnteza fica do lado certo e se estiver um bom fundo, o dia pode ser como foi este sábado 26/07/2008. Abrem-se direitas. O surfista que aprende a surfar em mares como o do Leblon, quando surfa ondas tipo as de Santa Catarina, parece que está no paraíso. Tudo fica como se estivesse em camera lenta. No Leblon, os drops são difíceis e as ondas geralmente curtas, buracos com o lip quebrando na base da onda. Em Floripa, muitas ondas com o tubo quebrando mais para o lip, drops mais fácil e ondas abrindo mais tempo. Logo, o aprendizado em ondas mais difíceis, facilita muito quando o mar está perfeito com ondas bem alinhadas e lisas. Nos meus planos, ainda volto a cair no Leblon, pelo menos um tubão seco lá ainda vou pegar de novo no futuro! (na foto ao lado, eu no Leblon em 1976, prancha marca Domingos monoquilha wing swallow, fabricada na Rocinha, emprestada do meu amigo Sattamini). Abaixo, imagem do Google Maps da região do Pontão do Leblon. Repare o "mirante" na av Nienmeyer, a saída do canal do lado do costão e o potencial para quebrarem direitas se o fundo ficar mais raso junto ao costão.
1 de ago. de 2008
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