Iniciando o assunto "Variáveis Climáticas" do trabalho do Ingo Kuerten sobre pesca e surf, uma análise dos ventos na área de estudos escolhida.
7.2 Variáveis Climáticas
“O clima mundial afeta os organismos terrestres e marinhos, controla a erosão dos continentes e, sobretudo, é responsável pelo nível do mar”. (VILLWOCK & TOMAZELLI, 1995, pg. 05)
As condições climáticas de um determinado local refletem na interação do ambiente aquático, terrestre e atmosférico. O conhecimento destas variáveis e de suas resultantes é indispensável para uma avaliação integrada do ambiente costeiro. Segundo a classificação de Köppen (1918), Geiger & Pohl (1953) citados por Strahler (1978), o clima do litoral gaúcho é do tipo Cfa ou subtropical úmido. Para Köppen (op sit) o clima no litoral gaúcho caracteriza-se como: Temperado - com temperatura média do mês mais frio entre 18°C e -3°C; precipitação suficiente em todos os meses do ano; e temperatura do mês mais quente superior a 22°C. De acordo com Nimer (1977), este clima é dominado por massas de ar tropicais e polares e as chuvas são bem distribuídas, com média de 1.300mm anuais, com aumento dos índices no inverno. Para a região de Cidreira, o clima é subtropical apresentando as quatro estações bem definidas. No verão a temperatura oscila entre 22°C e 35°C e no inverno entre 3°C e 18°C (THERRA, 2007).
7.2.1 Os ventos
O regime de ventos se apresenta como um importante agente modelador na paisagem da planície costeira, sendo subordinado às variações de circulação das grandes massas de ar regionais. Possui importante papel na configuração dos setores praiais (no balanço de sedimentos onshore - offshore), na ocorrência e magnitude dos campos de dunas, no assoreamento, na segmentação e forma dos corpos lagunares, bem como na distribuição de espécies lagunares ocorrentes (GRUBER, 2002). A origem dos ventos do Litoral Norte Gaúcho relaciona-se com os dois sistemas de alta pressão que atuam nessa região: o Anticiclone do Atlântico Sul e o Anticiclone Migratório Polar (Nimer, 1977). Buscando aprimorar o conhecimento a respeito deste regime de ventos, Tomazelli (1993) utilizou estações meteorológicas situadas em Torres, Imbé e Rio Grande, em uma série de dados de 13 anos, de 1970 a 1982. Considerando a proximidade da área de estudo (município de Cidreira) com a estação meteorológica de Imbé (aprox. 60km), tomaremos seus resultados como base para o município. Sendo assim, o vento mais freqüente na região para os meses do ano é o vento proveniente da direção Nordeste – NE, com exceção do mês de junho onde o vento mais freqüente provém de oeste – W. Apesar das direções predominantes, os ventos dos quadrantes sul, sudeste, leste e sudoeste possuem freqüência e direção consideráveis em todos os meses do ano, com maior freqüência para o quadrante E. Tabela 1: Freqüência percentual, ao longo dos meses do ano, dos ventos superficiais na est ação de Imbé. Período de Observação: 1970 – 1982. Fonte: Tomazelli, 1993.
Semana que vem vamos entrar dentro da água. Vem aí "Aspectos da Dinâmica Costeira do Litoral Norte". Quinta-feira 12/02/2009 aqui no Top Wings. Acompanhe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário