5 de mar. de 2009

O CASO PESCA E SURF (13)

7.3.4 A Deriva Litorânea
Quando as ondas incidem obliquamente à linha de costa desenvolvem-se as correntes de deriva litorânea. Através delas as massas de água se desenvolvem paralelamente a linha de praia. Dentre os processos de dinâmica costeira, talvez este seja o mais significativo para o estudo dos conflitos entre surfistas e pescadores. Isso porque as correntes de deriva litorânea são as responsáveis por “arrastar” os surfistas rapidamente por quilômetros em um lapso de tempo relativamente pequeno para a prática do surf. Dados de Alvarez et al. (1983), Toldo Jr et al. (1993), Klein (1996) apud Tozzi (1999), Nicolodi (1999) e Gruber (2002), concluem que as correntes de deriva litorânea no litoral gaúcho possuem padrão de bi-direcionalidade NE-SW, com leve predominância de correntes para SW e com velocidades de até (1-1,3m/s) em condições extremas de passagens de ciclones extratropicais próximos à costa. Para este trabalho, a direção das correntes não possui tanta importância, mas sim sua velocidade, já que é determinante para o deslocamento dos surfistas dentro da zona de arrebentação. A figura dez ilustra o ambiente onde ocorrem os acidentes entre surfistas e redes de pesca no litoral gaúcho e a dinâmica envolvida.
Figura 10: Zona onde ocorrem os conflitos entre pescadores e surfistas no RS. (Adaptado de www.ceco.ufrgs.br 2008).

O CASO PESCA E SURF é um trabalho acadêmico do Geógrafo e surfista Ingo Kuerten que nos autorizou a publicar seu trabalho aqui no Top Wings. Você pode acessar todas as postagens sobre este assunto clicando no assunto O CASO PESCA E SURF que fica a direita deste site.

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