19 de jan. de 2009

Parceria

Todo o pai se sente bem quando se diverte com um filho. Se o pai é surfista, geralmente sente vontade que seus filhos também sejam. A pressão para que o filho seja aquilo que o pai quer, por outro lado, pode gerar efeito contrário. O excesso de responsabilidades sobre a criança, pode gerar um stress e uma aversão aquilo que se quer impor a força. Com meu irmão, o Paulo, 3 anos mais moço que eu foi assim. Eu era adolescente sem muita técnica para ensinar pessoas. Entramos num mar pequeno na Barra da Lagoa em Florianópolis e eu fui forçando ele (ele tinha uns 12 anos de idade) para ir para o fundo. O Paulo já ficava em pé na prancha e entrava no corte. Pois neste dia tomou uma série na cabeça (1/2 metro servido), se assustou e nunca mais quiz saber de surf. Daniel, meu filho hoje com 19 anos, ensaiou uns banhos de mar com prancha até seus 12 anos e não se animou. Surf não é sua praia. Já a Luiza, minha outra filha hoje com 11 anos, vem se interessando pelo assunto. No verão passado ficou em pé numa prancha de surf pela primeira vez (prancha emprestada pelo meu primo Paulinho). Ela ganhou a sua este ano (uma Arquivo 6' 4" by Guga Arruda) e brincando na espuma ensaiou algumas levantadas. Ainda não entra no outside na remada mas passa horas na beirinha, espuma atrás de espuma, se levantando na sua prancha em 80% das ondas. Gosta de brincar com pranchas de bodyboard com suas amigas pois nenhuma delas tem prancha de surf. Nos dias de mar bem calmo, vamos juntos para o surf. Mostro para ela para que lado está a correnteza e o vento. Aonde estão as "bocas" e os locais mais seguros para ela brincar. Fico no outiside e ela fica ali brincando com sua prancha. Se ela vai seguir com o surf, ninguém sabe. Se quizer, parceria e equipamento não vão faltar!

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